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  O MITO DE ARACNE
(Mito greco-romano contado e traduzido pela autora portuguesa Dulce Rodrigues)

Há muitos, muitos anos, vivia numa pequena cidade da Lídia, uma região que hoje pertence à Turquia, uma jovem chamada Aracne. O pai de Aracne era tintureiro de púrpura e ela era fiandeira e tecedeira, arte em que ninguém a suplantava.

Segundo conta a lenda, os trabalhos de Aracne eram de tal modo maravilhosos que a sua reputação chegou aos quatro cantos do mundo e até as ninfas vinham admirar o seu trabalho. Dizia-se que ela só podia ter aprendido a arte com Atena, deusa guerreira mas também protectora das artes e ela própria uma tecedeira de talento. Quando Aracne ouviu isto, ficou furiosa e lançou um desafio à deusa para ver quem era a melhor tecedeira do mundo.

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Atena é a deusa protectora de Atenas, cidade a que aliás deu o nome, e também deusa da sabedoria e da guerra. Mas, como deusa protectora das artes e dos ofícios, não ficou nada contente quando soube da pretensão de Aracne. Contudo, quis dar à jovem uma oportunidade de se desculpar dessa arrogância e, disfarçada de velha camponesa, foi visitá-la e aconselhou-a a não comparar o seu talento ao dos deuses. Porém, Aracne voltou a afirmar que era melhor tecedeira do que Atena, pelo que a deusa, encolerizada, revelou nesse momento a sua verdadeira identidade. Organizou-se então um concurso entre as duas mulheres. Cada uma devia tecer um tapeçaria.

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Atena teceu uma tela magnífica representando o seu combate e a sua vitória contra Poséidão. Por sua vez, a tela de Aracne representava e fazia troça dos deuses e, sobretudo, de Zeus e das suas múltiplas conquistas amorosas.

O trabalho de Aracne era tão fino e magnífico que Atena teve de se render à evidência de que Aracne era melhor do que ela. Mas, enraivecida por isso e também pelo insulto que o trabalho de Aracne fazia aos deuses, agrediu com a sua espada a orgulhosa Aracne diante de toda a gente. Há quem diga que Atena rasgou a tapeçaria da sua rival. De qualquer modo, nenhuma destas atitudes era digna de uma deusa, mas parece que os deuses do Olimpo também tinham defeitos como os simples mortais...

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Humilhada e chocada com a atitude da deusa, Aracne pegou num fio, enrolou-o ao pescoço e enforcou-se. Cheia de remorsos, Atena apiedou-se da jovem e ressuscitou-a, transformando-a em aranha. E é assim que Aracne se tornou na mãe de todas as aranhas, condenadas a tecer para toda a eternidade.

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Desde então, dia após dia suspensa do fio da sua teia, Aracne a aranha continua a tecer... sem sequer se aperceber de que o seu nome está na origem (etimlogia) da palavra aranha.

Gostaste deste conto? Então lê mais outro.

E que tal fazeres uma actividade sobre este fascinante mito?

O teu amiguinho de quatro patas.

assinatura do Barry

 
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