Era uma vez uma aranha, que vivia muito feliz e contente, suspensa do tecto, em casa de uma simpática família. A aranha adorava observar tudo e todos lá bem do alto.

Naquele dia era véspera de Natal e, de vassoura na mão, a mãe andava atarefadíssima a limpar a casa, Ao ver a vassoura, a aranha disse lá para consigo:

“Ó, diabo, o melhor é eu fugir. As vassouras não são nada do meu agrado!”

E dito e feito, patas para que vos quero, a aranha fugiu e foi esconder-se no sótão.

Depois de a mãe ter a casa limpa, a família reuniu-se para decorar a árvore de Natal.

Quando já era noite e toda a casa estava em silêncio, a aranha desceu as escadas devagarinho. E foi então que viu a linda árvore de Natal brilhando de mil cores. Não conseguiu resistir à tentação e apressou-se a subir pelo tronco acima e ao longo dos ramos. Sentia-se tão feliz que se esqueceu de que era uma aranha, e que as aranhas andam sempre a tecer teias.

Pobre árvore! Quando a aranha chegou ao cimo da árvore, esta já estava toda coberta de teias de aranha cinzentas e poeirentas.

A aranha ficou muito triste e sem saber o que fazer. Então, subitamente, ouviu um barulho. Olhou e viu que era o Pai Natal que chegava com os presentes para as crianças. Então, encheu-se de coragem e pediu-lhe humildemente para a ajudar a reparar o que tinha feito.

O Pai Natal viu a árvore coberta de teias de aranha e ficou um pouco embaraçado. Mas logo se pôs a pensar e depois sorriu. Já sabia como resolver esta triste situação, de modo a deixar a aranha feliz e sem que a mãe visse a árvore coberta das desgraciosas teias.

O Pai Natal transformou pura e simplesmente as teias em fios de prata e de ouro! E a árvore luzia e tremeluzia como nunca antes! A aranha não cabia em si de tão contente que estava.

E foi assim que a partir daquele dia as pessoas passaram a enfeitar as árvores de Natal com grinaldas e outras decorações cintilantes. E conta a lenda que se deve colocar uma aranha nos ramos para dar sorte!

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